O horário nobre deu início à abordagem de uma realidade que muitos vivenciam em suas casas ou escolas e se assustam com a dimensão que o problema assume. A autora da trama mostra que a violência e o comportamento agressivo dentro da escola tem origem dentro de casa. Apresenta pais que perderam o controle sobre o jovem que não cumprem a obrigação de educar, não exigem limites e dão tudo aos filhos como forma de compensar a impaciência ou, muitas vezes, a falta de tempo devido ao trabalho e jogam o peso dessa responsabilidade para a escola.
A CNTE é da opinião que a violência não é produzida na escola, mas a escola sofre os seus impactos. Não são raros os casos de carros de professores apedrejados e danificados, brigas que acabam em morte, educadores agredidos fisicamente, bullying etc.
A gestão democrática na escola é um dos caminhos para reverter o problema, porque ao envolver a comunidade na organização escolar, se estreita o vínculo aluno-família-escola, tornando mais eficaz a superação de conflitos dessa natureza.
É preciso admitir que a violência tem efeito negativo no dia-a-dia e na aprendizagem de alunos e que as autoridades políticas e educacionais precisam de determinação para enfrentar o problema. Câmeras, catracas e policiamento ostensivo nas escolas podem ajudar, mas não são a solução, uma vez que expulsando os responsáveis pela agressão, não são expulsas as razões que levam às situações de violência. E é importante que alunos, professores, diretores voltem a sentir o prazer de conviver nesse espaço e ele volte a ser, como dizia o educador Paulo Freire, uma escola feliz.
Agora que o tema violência nas escolas entrou no horário nobre, esperamos que as autoridades envolvidas na área dediquem mais atenção ao assunto e ajudem a diminuir o problema no país.
FONTE: CNTE