A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) realiza nesta sexta-feira (28) o Debate Regional sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a Privatização da Educação Básica no Brasil. O encontro, que acontece em Olinda, reúne dirigentes de entidades sindicais da Região Nordeste e vem discutir o documento da BNCC enviada pelo MEC ao Conselho Nacional de Educação (CNE). O secretário executivo adjunto da CNTE e presidente da Comissão Municipal da APEOC em Chorozinho, Alessandro Carvalho, representou o Sindicato APEOC.

Segundo a CNTE, a BNCC/MEC desconsidera as modalidades de Educação Especial e de Educação de Jovens e Adultos, de Técnica-Profissional associada ao Ensino Médio, bem como
deixa de fora do debate nacional as escolas indígenas, quilombolas e do campo, traços marcantes da luta pela inclusão social e escolar no Brasil. Ela também dialoga com a reforma trabalhista e a Lei da Terceirização, ao propor conteúdos mínimos facilmente traduzidos para cartilhas a serem seguidas por professores ou “instrutores”.

Veja aqui os 10 motivos pelos quais a CNTE é contrária à BNCC.

Alessandro Carvalho denunciou a proposta da BNCC e falou sobre as medidas que impactam diretamente na oferta de uma educação pública de qualidade e na valorização de seus profissionais. “Essa é mais uma medida que ataca o conceito de uma educação pública, de qualidade, que englobe o acesso a um currículo regionalizado e que garanta ao aluno condições de refletir sobre o meio em que vive”, falou.

Novo Fundeb

O dirigente também falou sobre o Novo Fundeb. “É muito importante que os educadores se apossem do debate sobre a nova forma de financiamento da educação”, disse. O Sindicato APEOC defende um Fundeb permanente, garantido na Constituição, e revigorado com mais recursos da União.