É crescente os ideais conservadores que querem transformar os educadores em meros repassadores de conteúdos e transformar os estudantes em verdadeiros robôs, limitando o aprendizado destes apenas para a capacitação para o trabalho.

Os educadores cearenses não podem aceitar que o projeto escola sem partido seja aprovado, que prega exatamente o inverso de uma escola reflexiva, criativa e que acolha a todos. Temas como diversidade religiosa e de gênero, violência contra mulher, preconceito racial, capitalismo x socialismo, entre outros que fazem parte do cotidiano dos estudantes podem e devem ser constantemente debatidos nas nossas escolas.

A luta dos trabalhadores por melhores condições sociais também se organiza dentro da escola, onde as crianças e adolescentes passam a conhecer o passado da luta de classes e a entenderem qual o papel dos mesmos no mundo atual.

A escola pública é financiada pelos trabalhadores e é lá que estudam seus filhos e os mesmos devem ter respeitado sua cultura, suas crenças, sua cor, seu jeito de ser, sem excluir ninguém, muito pelo contrário, temos que abraçar a pluralidade, para que cada tribo possa se expressar e que a intolerância seja varrida do mapa.

Mikaelton Carantinoprofessor da rede estadual e representante do Sindicato APEOC em Fortaleza