Cerca de 10 mil militantes de movimentos sociais, educadores e representantes do poder público estiveram reunidos na capital paraense para o Fórum Mundial de Educação (FME), que começou  segunda-feira (26). O objetivo do evento, paralelo ao Fórum Social Mundial, é discutir de que forma é possível construir um novo mundo por meio da educação. O professor Anízio Melo, diretor do Sindicato APEOC, é um dos palestrantes convidados pelo FME e pelo Fórum Social Mundial.

Segundo Salomão Hage, membro do comitê de organização do FME e professor do Instituto de Educação da Universidade Federal do Pará, os temas em debate são plurais: “Vamos discutir, por exemplo, questões culturais e de identidade das populações tradicionais, a possibilidade da educação transgredir esse sistema social excludente e elitista, a relação da educação com o meio ambiente. Existe um conjunto de temáticas transversais.”

Outro foco do FME é a educação de jovens e adultos, já que, em maio, Belém será sede da 6ª Conferência Internacional de Educação de Adultos (Confintea). O encontro é convocado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) de 12 em 12 anos e será a primeira vez que ocorrerá no Hemisfério Sul.

Para Hage, um dos principais desafios para a educação hoje, em todo o mundo, é ouvir as demandas da sociedade. “O FME está acontecendo em um lugar peculiar como a Amazônia, que tem uma grande biodiversidade e grande diversidade sociocultural. Temos aqui representantes de quilombolas, ribeirinhos, extrativistas – de certa forma, os segmentos populares estão representados”, disse ele. Desse modo, é possível começar a dialogar com essas populações para dar voz a eles, acrescentou.

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