Os centros educacionais são apontados pelo Cedeca/CE como unidades onde os jovens sofrem agressões de ordem física e psicológica, e não têm qualquer trabalho educacional. O Governo admite sucateamento, mas assegura empenho em busca do melhor modelo de ressocialização.

O Ceará tem o maior índice de superlotação do País em centros educacionais voltados para jovens em conflito com a lei. Levantamento Nacional do Atendimento Sócio-educativo ao Adolescente indicou as unidades cearenses funcionando com 67.81% além da capacidade máxima. Pernambuco aparece em segundo lugar, com 64.17% de excesso. A terceira situação mais crítica ocorre na Paraíba, onde os órgãos recebem 38.21% mais jovens do que suportam. São as únicas Unidades da Federação (UFs) com problemas dessa natureza.

O estudo constatou a existência de 12.041 adolescentes cumprindo medida de internação no Brasil em novembro de 2010. Em internação provisória, eram outros 3.934 e, em regime de semi-liberdade, 1.728. Os homens são maioria esmagadora: 94.94%.