20160706 102250.300xProfissionais da Educação da rede estadual de ensino se reuniram nesta quarta-feira (06) em mais uma Assembleia Geral da categoria e a maioria dos presentes decidiu pela continuidade da greve, que começou no dia 25 de abril. Cerca de 800 trabalhadores participaram do encontro.

A discussão em torno da continuidade e da suspensão da greve dividiu a assembleia. De um lado, professores defendiam a permanência da paralisação, do outro, o próprio Sindicato APEOC e parte dos professores presentes foram a favor da suspensão do movimento. A proposta era interromper a greve para garantir a reabertura das negociações com o Governo sob sete princípios básicos, como:

  1. Assinatura e publicação imediata do DECRETO da DESCOMPRESSÃO, viabilizando a NOVA CARREIRA;
  2. Ganho remuneratório real para todos;
  3. Cumprimento dos compromissos referentes às pautas pedagógicas, estruturais e administrativas;
  4. Calendário de reposição de aulas negociado com o Sindicato, sem punição aos professores;
  5. Prioridade dos recursos para a valorização salarial;
  6. Celeridade na revisão da tabela de vencimentos dos funcionários da Educação;
  7. Construção de políticas que valorizem os aposentados.

Em votação, a maioria dos presentes rejeitou os princípios apresentados pelo Sindicato APEOC para fundamentar a negociação com o Governo do Estado.

O debate foi intenso, mas ocorreu dentro da normalidade esperada pelo Sindicato APEOC e a categoria. Ao contrário do último encontro, realizado no dia 27 de junho, no Ginásio da Parangaba, apenas os profissionais da Educação tiveram acesso à Assembleia desta quarta (06) e puderam discutir as teses apresentadas com respeito e democracia. “Entendo que esta assembleia, realizada no Ginásio Paulo Sarasate, foi uma resposta coletiva da categoria aos fatos ocorridos no Ginásio da Parangaba, onde a violência foi usada para calar a voz da Educação”, disse Anizio Melo, presidente do Sindicato APEOC.